Antes de ser
mãe eu imaginava que “criar” um filho era mais ou menos assim: você o coloca no
mundo, supre suas necessidades básicas, dá-lhe banho, alimento, carinho e o faz
dormir. No mais as coisas vão se ajeitando... Sim, eu pensava dessa forma.
No geral não
foge muito, mas enquanto estava grávida percebi que o que via não era exatamente o
que eu buscava. Não queria simplesmente atender suas necessidades básicas,
queria mais. Não queria seguir instintos, afinal, sou um ser pensante, embora o
instinto nos salve muitas vezes.
Eu sabia
muitas coisas da maternidade a partir do que eu ouvia falar e através da psicologia. E,
muita dessas coisas sabia que não se aplicava ao meu pensamento e forma de ver
a vida.
De tanto ler,
procurar e pesquisar achei o que considero ideal ao meu lar. São 03 bases
fundamentais para um lar feliz, são eles: Criação com Apego, Método Montessori
e Educação Positiva.
Desde que a
minha pequena veio pra casa às pessoas diziam pra não pegar demais no colo,
pois, ela se acostumaria mal, e eu pensava, mas vou pegar quando? Quando tiver
20 anos? E lá ia eu com minha bebê no colo por onde quer que eu fosse. As
pessoas diziam pra eu deixar chorar um pouco pra ela não ficar “manhosa” eu
pensava como assim? Como ela confiará em mim se em momentos de frustração e
solidão eu reforçar esses sentimentos deixando-a chorar? E lá ia eu acalmá-la
com afeto e muito cuidado. Por fim, as pessoas diziam que quando ela começasse a gatinhar e caminhar eu teria que tirar tudo dos lugares, que tudo
seria perigoso, e quando esse tempo chegou eu não tirei nada dos lugares, mas
adaptei alguns locais para que o ambiente fosse seguro pra ela se desenvolver.
Lá em casa
somos super apegados a nossa pequena. Para tanto abrimos mão de uma vida
social. Não deixamos de sair, nem de nos divertir, mas trocamos algumas
prioridades. Descobrimo-nos como pais, como família. Se antes íamos a baladas
quase toda semana, hoje vamos muito menos. Escolhemos locais acolhedores em que
nossa filha possa participar, e se o ambiente for muito estressante, mas
queremos mesmo ir, a deixamos com os avós, creio que querer o melhor e saber o
que é o melhor é sim apego e amor. Mesmo com 18 meses damos muito colo a ela,
quando ela permite claro. Quando raras às vezes em que ela pede, embalamos até
que ela durma. Nos finais de semana não desgrudamos dela e amamos viver tudo
isso de forma intensa, porque sabemos que ela vai crescer (rápido demais) e
essa fase passará. Outras virão, mas queremos viver cada uma ao seu tempo, e
com tudo que temos direito.
Com tempo e
muita pesquisa descobri no face o grupo em que fala sobre Apego e Educação
Positiva, e a pouco descobri o grupo: Bater em criança é covardia!. E, foi um
alívio. Eu sempre soube que não queria saber de bater na minha filha nem de
cantinho do pensamento. Por questões óbvias, pois, afinal creio que bater numa
criança “mesmo o tapinha” não ensina em longo prazo. Só dá a noção de que quem
é mais forte dita às regras e pode bater no mais fraco. A consequência bater não
tem relação nenhuma com a causa (fazer baderna, desobedecer e afins). Colocar
no “cantinho do pensamento” também é algo que não acho interessante. Pra mim, as
pessoas têm de aprender a pensar em qualquer lugar da casa e do mundo, não é
preciso pensar num local específico.
Infelizmente
muita gente acredita que se não bater ou não castigar se tornará um pai
permissivo, molenga, pois, eu digo que há outras formas de ser enfático, sem
ser dessa forma. Leva mais tempo, exige maior dedicação, mas é uma educação pra
vida e não para o aqui agora. Eu poderia falar extensamente que a palmada ou pressão
psicológica causam malefícios no indivíduo, mas não o farei. Quero ressaltar o
que é belo. Portanto, fica o convite para pesquisa de educação positiva.
A educação
montessoriana veio completar essa tríade tão importante. Mesmo sendo super
apegada sempre acreditei que desde muito cedo temos que desenvolver a autonomia,
a criatividade, a curiosidade de uma criança. Descobri mais a fundo o Montessori
também a partir de um grupo do face “Montessori para Mamães” e lá vi que minha
intuição estava certa. Sempre permiti que minha filha experimentasse sensações
novas. Através de novas texturas, diferentes objetos. Leio muito sobre o método
e sempre me encanto com a possibilidade de desenvolvimento da criança. Não sou
o tipo de mãe protetora/sufocadora, na pracinha ou no lar mesmo permito que ela
descubra o ambiente, que ela mexa, claro sempre cuidando e supervisionando, mas
se possível sem intervir nas suas descobertas.
Tem sido doce
esse nosso aprendizado, digo nosso, porque a família toda aprende junto. Porque
somos ligados pelo amor e pela vontade de desenvolvimento mútuo. Meu marido não
é chegado a ler teorias tanto quanto eu, mas quando vejo textos interessantes e
objetivos lemos juntos.
E, isso tudo
vai tecendo a nossa família. Eu me sinto uma militante do amor. Não de um amor
convencional, mas um amor libertador. Eu quero um mundo melhor pra minha filha,
mais justo e mais feliz de se viver, mas sei que preciso deixar nesse mundo um
ser humano tão justo e tão apaixonado pela vida que também queira muda-lo.
Ficou curiosa
(o) pelos termos, segue dicas de blogs e site para ótimas leituras e
descobertas:
Criação com
Apego e Educação Positiva: http://paizinhovirgula.com/
Comunidade
Bater em criança é covardia: facebook.com/SemPalmadas
Blog sobre Montessori:
http://larmontessori.com/
E, também
através do google você descobrirá uma infinidade de material sobre os temas.
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