segunda-feira, 1 de julho de 2013

Como não amar?


Quem conhece meu esposo e eu, sabe, que desde sempre somos envolvidos em grupo de jovens. Nos conhecemos desde os meus 11 anos de idade e frequentamos os grupos juntos. Por muito tempo fomos só amigos, tivemos idas e vindas e sei que nosso laço de amor e amizade se fortalecia a cada encontro de jovens que participávamos juntos.
Começamos frequentando o grupo da nossa comunidade em que nossas mães eram as tias responsáveis, e hoje, nós somos tios de um grupo, louco isso não?
Foram muitas viagens apresentando teatros, ele cantando eu encenando, eu me encantando, ele se apaixonando. E fomos crescendo, nos distanciávamos e os grupos da vida nos reaproximavam. Eu tinha certeza que só casaria com uma pessoa que me apoiasse na minha caminhada, ele já caminhava ao meu lado e eu nem desconfiava.
Com o tempo nos percebemos apaixonados um pelo outro. Então começamos a namorar, continuávamos nos retiros que tanto nos faziam bem. Casamos e 1 mês antes do casamento fomos convidados para sermos tios do Onda (Objetivo Novo do Apostolado). Os outros 3 casais de tios, nossos amigos nos pegaram de surpresa. O Adriano já tocava no retiro e aceitamos facilmente.
De lá pra cá, nossa vida é intensa. Muitas reuniões, uma enorme responsabilidade por termos tantos “sobrinhos” que são quase filhos.
No meio disso tudo veio a nossa filha, nossa princesa, nosso tudo. Quando soube que estava grávida pensamos em abrir mão do grupo, pois, teríamos muita responsabilidade, não conseguimos. Por razões pessoais já pensamos em nos afastar várias vezes, uma delas foi quarta-feira antes do retiro, conversamos seriamente e deixamos acertado que passado o retiro, entregaríamos nosso cargo,pois, estamos muito envolvidos em projetos pessoais e tememos não poder nos dedicar por inteiro, mas como fazer isso? (o Adriano vai me matar...)
Como abandonar tanto amor recebido? Como devolver tanto carinho, tanta confiança? Não posso negar os abraços, nem tão pouco fingir que tudo isso não mudou a minha vida.
Quero que minha filha seja envolvida nesse amor sempre, quero poder passar por essa Terra e ter a certeza de que não foi em vão. E o melhor que eu tenho pra oferecer é meu pronto sorriso, minha alegria, meu carinho e minha dedicação.
Trabalhar com jovens é ter a alma juvenil sempre, é poder ser mãe e amiga, falar dos nossos medos sem o julgamento dos adultos é saber ser livre. Ao mesmo tempo é poder auxiliar esses mesmos jovens na sua caminhada, mostrar pra eles um pouquinho do quão grande e forte eles são, e provocar a inquietude da descoberta de si, afinal, quem EU sou?
Na minha caminhada fiz verdadeiros amigos independente da idade, na minha caminhada formei minha família. E não tem como não pensar no “Pequeno Príncipe”: tu te tornas eternamente responsável por quem cativas!



16° ONDA - 2013. Inesquecível!

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