Se eu pudesse
fazer um único pedido a Deus, eu pediria que você crescesse beeem devagar. Que
seu cheirinho de bebê durasse pra sempre em minhas mãos e que seu sorriso se
eternizasse em mim.
Lembro-me
quando lhe trouxemos pra casa, tão pequena e tão dependente, eu me perguntava
quando você dormiria a noite inteira, quando não precisaria mais lhe embalar
até você dormir? Hoje me pergunto por que não curti mais?
Nós mães
chegamos esgotadas da maternidade (mãe de UTI nem se fala), queremos sossego e
colo. Sim, também queremos colo. De repente nos vimos com um pequeno serzinho
nos braços e uma responsabilidade única e assustadora. Daí tudo que queremos é saber que o choro da
noite vai passar, que as cólicas vão passar, que o soluço, o refluxo e tudo
mais vai passar... Mas passa tão rápido
que quando nos damos conta dá medo.
Como assim 1
aninho? Como assim “tau tau mamãe!” e quer ficar dormindo na vovó? Como assim
sai correndo, faz birra, e só quer o que quer?
É exatamente assim mesmo...
Nos primeiros
meses a gente se sente cansada, esgotada e como se estivesse numa eterna prova,
tendo que ser a supermãe. Daí depois a gente relaxa, não liga pros pitacos,
segue o extinto, e solta à clássica, eu sei o que é melhor pra minha filha.
Depois de
realmente relaxar a gente passa a curtir, e hoje me pego olhando pra aquela
menininha linda e só desejo que o tempo não corra, se arraste. De uma forma tão
contraditória desejo que o tempo voe para algo que desejo resolver, pra aquele
tão sonhado projeto profissional aconteça, mas quando olho pra minha pequena só
quero que o tempo espere. Espere pra eu lhe fazer rir o máximo de vezes que eu
conseguir, espere pra que a gente seja feliz um pouco mais, que o tempo espere
pra que eu veja mais um bichinho feito por ela, ou o beijo, ou o auau tão fofo,
tão desajeitado...
Até ontem
queria não precisar lhe embalar pra dormir, hoje me sinto orgulhosa quando ela
me pede um colo e se aconchega junto de mim. Desejei que ela dormisse a noite
toda, hoje quando raras às vezes acorda cedo eu fico curtindo ainda mais o
nosso chamego.
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