terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Feliz Natal


Eu nunca gostei muito do Natal, mesmo quando criança me dava uma angústia que eu nunca soube explicar. Era tempo de ganhar presentes, aguardar o “Papai Noel”, mas aquela sensação não passava.
Na adolescência essa angústia me acompanhava fielmente, até que num dado momento um grupo de amigos se reuniu e começou a fazer um natal especial para crianças carentes. E a angústia começou a desaparecer, foram natais muito produtivos e alegres. Com o tempo e as adversidades da vida acabamos parando de fazer esse movimento (espero em breve voltar).
Com a chegada da Valentine, pude mais uma vez fazer bem a uma criança. Mas a essa criança não faço bem apenas no natal, mas sim em todos os dias de sua vida (assim espero)! Sinceramente não me preocupo com o presente a lhe ser dado, ela nem entende muito essa lógica de papai = presentes.
Eu me preocupo, junto com meu marido, em lhe dar o melhor presente que uma criança merece... A PRESENÇA! Estar presente em seu dia a dia, saber do que ela gosta, fazer-lhe dormir de forma aconchegada. Auxiliá-la nas suas descobertas e no seu crescimento. Abraçar-lhe nas suas frustrações e deixar claro que vou lhe amar mesmo quando ela não “merecer”.
Creio que este seja o caminho para uma infância feliz e uma base sólida. E, faço assim porque não sei fazer diferente.
Dar presente? Sim, amo ver a carinha dela encantada ao ganhar um presente, mas sei que ela não se lembrará da boneca ou da roupinha que lhe dei enquanto criança, ela lembrará sim dos momentos em que fomos felizes. E, mesmo com uma lembrança meio confusa das histórias vividas, a sensação de amor e felicidade é inconfundível.
Quero desejar um Feliz Natal a todxs que me leem e que em cada lar que se encontra uma criança, esta possa viver a dádiva de ter seus pais presente amando-as e respeitando-as em cada fase de sua vida!
Um beijo no coração de cada um e uma...



domingo, 17 de novembro de 2013

Hoje é o dia da PREMATURIDADE, sim ele existe.


Tem coisas que só mães e pais prematuros conhecem:

*Não tem a mínima noção do que é uma UTI neo até então, e tem medo do que os esperam,

*Aquele ritual:

entra na UTI, coloca sapatinho no pé,

*Higieniza até os cotovelos,

*Coloca avental,

*Morre de medo do oxímetro,

*Tem em seus braços um pouquinho de gente muito menor que o normal,

*Faz amizade com os técnicos de enfermagem,

*Troca experiências, telefone, email, face com outros pais,

*Chora a cada dia que precisa ir embora sem a sua cria (dói muito),

*Comemora 10g que o bebê engordou,

*Quase morre do coração quando não ganha nenhuma graminha, ou perde,

*Conta os dias, horas, minutos pra ir embora,

*Sai do hospital entre lágrimas, sorrisos e abraços com a equipe e demais pais,

*Passa a rezar por cada pai e mãe que lá estão angustiados,

*Passa uma semana em casa ouvindo o barulhinho do oxímetro,

*Em casa descobre que as pessoas têm medo daquele serzinho tão pequeno,

*Os pais se agigantam e mostram tudo que aprenderam,

*A vida segue!

Obrigada Deus pela meu pequeno milagre que tenho em casa, e força aos pais que todos os dias vivem essa realidade da prematuridade!



                                               1 ano e 8 meses de muita felicidade!

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Terrible Two - amor além das travessuras.


Como já falei em outro post, crio minha filhota com base na Criação com apego e na Educação Positiva. Criar com apego é estar em conexão com sua criança, é primeiramente entender suas necessidades e poder na medida do possível, satisfaze-las ou ainda, mostrar-lhe porque não a satisfazes.
Educar uma criança exige investimento de amor e muita paciência. Quando digo amor é muitíssimo amor, e quando digo muita paciência, é muita mesmo. Não porque a criança exige demais, mas porque somos doutrinados a educarmos nossos filhos de uma forma desrespeitosa e autoritária e quem se propõe a fazer diferente precisa estar sempre em conexão primeiramente consigo e depois com a criança.
Eu escolhi não bater, não castigar e não cometer tortura psicológica com minha filha. Por essa razão é preciso muito carinho e conhecer as fases de uma criança. Porque se não as conhecemos minimamente acreditamos no que nos dizem. Que criança faz birra, que criança faz as coisas pensando em incomodar os pais, e acredite, se você acha que a criança faz algo pra te irritar, o egocêntrico e imaturo é você e não a criança.
Criança quer explorar o universo, quer correr, quer ver se dá pra riscar com o lápis na parede, quer ver se subir na cadeira é legal... Se o gosto da espuma é gostoso. Cabe a nós pais antever alguns riscos e relaxar com o que é possível.
Você já ouviu falar em Terrible Two? Aqui em casa esse fenômeno está começando a dar seus ares. Terrible Two é a adolescência do bebê, ocorre por volta dos 19 meses e se estende até próximo os 3 anos.
É quando o bebê começa a se descobrir diferente dos pais e se perceber enquanto sujeito. Portanto, é nessa fase que todas as suas vontades começam a aparecer. E, de repente tu te perguntas onde foi parar aquele amor de criança que eu tinha? Roubaram ela e deixaram esse “monstrinho”... Ahaha...
Aqui esse fenômeno não está tão forte ainda, mas as palavras “não” e “meu” ganharam força nesse último mês.
-Filha, vamos comer?
-Não (já abrindo a boca).
-Me dá aqui esse telefone, pode cair e estragar.
-Não, é meeeeeu!
Eu confesso que na maioria das vezes acho bem engraçado, mas é preciso também marcar essa fase com respeito e limites.
Não quero e não admito que minha filha faça as coisas somente porque “EU” quero, é preciso fazer sentido para ambas. Então se quero que ela pare de subir em algo que lhe traga perigo explico isso pra ela, e explico quantas vezes forem necessárias. Explico e a tiro do local. Como disse não castigo minha filha, mas ela sabe que suas escolhas têm consequências. Se ela faz sujeira, ajudo a limpar, mas faço desse momento aprendizado, que ela também participe limpando. Se ela briga, fica brava, sento ao seu lado, primeiramente sem tocá-la (tenho pra mim que quando estamos furiosos, sermos contidos fisicamente só nos deixa com mais raiva) e vou traduzindo seus sentimentos, do tipo: eu sei que vocês está brava porque você queria fazer X coisa, mas eu não posso lhe deixar, pois, é perigoso demais, eu te amo e não quero que te machuques. Depois chamo atenção pra outra coisa e mais tarde um longo abraço sela esse momento.
Assim, estamos levando o início no nosso terrible two. Sem gritos, sem palmadas, mas com muitas palavras e ações de afeto.   Nem sempre é fácil, a rotina, o tempo, o cansaço, muitas vezes nos consome, mas precisamos discernir o que é nosso e o que é da criança. Não podemos penalizá-las pelo nosso cansaço, pela nossa falta de tempo.
E, para aqueles que leem descrente que isso é possível, eu lhes digo que é sim, que não bater não significa permissividade, e nem é sinônimo de criança levada. Ao contrário, eu tenho uma apegadinha muito querida, cheia de carinho e de afeto.

                                                                     *imagem retirada da internet


Para maiores informações sobre Criação com Apego, indico o blog do Thiago, Paizinho, uma vírgula!.
Para Educação Positiva, indico a página no face Bater em Criança é Covardia.


quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Gelatina nutritiva de verdade


Ontem uma forte infecção intestinal se apoderou da mamãe aqui. Nessas horas não dá vontade comer nada, eu passo a base de água mesmo. Daí logo vem alguém dizendo, faz gelatina é bom, saudável, blá blá...
Eu realmente não curto muito gelatina, acho doce e sem gosto de fruta, assim como não gosto de suco de pacote pela mesma razão. Já a Valentine adora gelatina, em casa eu não faço, mas em alguns aniversários ela come bastante, e permito, pois, acredito que é o menos pior entre frituras e demais opções.
Mas, voltando a minha infecção, resolvi fazer uma gelatina diferente e com sabor de verdade.

Ingredientes:
1 pacote de gelatina sem sabor
4 laranjas de suco
1 cenoura média

Modo de preparo:
Num espremedor tirei o suco da laranja, depois cortei a cenoura e coloquei no liquidificador junto com o suco, bati tudo, rendendo assim 400ml de suco.
O meu liquidificador tem o coador, se o seu não tiver, é preciso coar pra não ficar muito grosso.
Dissolver a gelatina conforme manda o fabricante e misturar ao suco.
Coloquei em forminhas individuais e pronto, um sucesso só!
Usei as forminhas de cupcake (não ficou legal pra desenformar, não recomendo)

Depois de algumas horas eu resolvi experimentar, gente isso sim é gelatina, com gosto de verdade! Achei que ficou super marcante o gosto da fruta, pra quem quiser mais fraquinho é bom adicionar um pouco de água.

MARAVILHOSO, sucesso total! Já estou pensando nos próximos sabores... huuuum!

E nem preciso dizer quem se acabou comendo e pedindo "maxi" né?

                            Please, ignorem a sua sujeira, agora ela só come sozinha então é sempre assim! 



E pra quem acha que gelatina é boa e é um exagero todo esse cuidado, fica o link pra dar uma espiadinha no que os especialistas dizem: http://www1.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/noticias/ult263u528644.shtml

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Amor, com amor se paga!

Antes de ser mãe eu imaginava que “criar” um filho era mais ou menos assim: você o coloca no mundo, supre suas necessidades básicas, dá-lhe banho, alimento, carinho e o faz dormir. No mais as coisas vão se ajeitando... Sim, eu pensava dessa forma.

No geral não foge muito, mas enquanto estava grávida percebi que o que via não era exatamente o que eu buscava. Não queria simplesmente atender suas necessidades básicas, queria mais. Não queria seguir instintos, afinal, sou um ser pensante, embora o instinto nos salve muitas vezes.
Eu sabia muitas coisas da maternidade a partir do que eu ouvia falar e através da psicologia. E, muita dessas coisas sabia que não se aplicava ao meu pensamento e forma de ver a vida.
De tanto ler, procurar e pesquisar achei o que considero ideal ao meu lar. São 03 bases fundamentais para um lar feliz, são eles: Criação com Apego, Método Montessori e Educação Positiva.
Desde que a minha pequena veio pra casa às pessoas diziam pra não pegar demais no colo, pois, ela se acostumaria mal, e eu pensava, mas vou pegar quando? Quando tiver 20 anos? E lá ia eu com minha bebê no colo por onde quer que eu fosse. As pessoas diziam pra eu deixar chorar um pouco pra ela não ficar “manhosa” eu pensava como assim? Como ela confiará em mim se em momentos de frustração e solidão eu reforçar esses sentimentos deixando-a chorar? E lá ia eu acalmá-la com afeto e muito cuidado. Por fim, as pessoas diziam que quando ela começasse a gatinhar e caminhar eu teria que tirar tudo dos lugares, que tudo seria perigoso, e quando esse tempo chegou eu não tirei nada dos lugares, mas adaptei alguns locais para que o ambiente fosse seguro pra ela se desenvolver.
Lá em casa somos super apegados a nossa pequena. Para tanto abrimos mão de uma vida social. Não deixamos de sair, nem de nos divertir, mas trocamos algumas prioridades. Descobrimo-nos como pais, como família. Se antes íamos a baladas quase toda semana, hoje vamos muito menos. Escolhemos locais acolhedores em que nossa filha possa participar, e se o ambiente for muito estressante, mas queremos mesmo ir, a deixamos com os avós, creio que querer o melhor e saber o que é o melhor é sim apego e amor. Mesmo com 18 meses damos muito colo a ela, quando ela permite claro. Quando raras às vezes em que ela pede, embalamos até que ela durma. Nos finais de semana não desgrudamos dela e amamos viver tudo isso de forma intensa, porque sabemos que ela vai crescer (rápido demais) e essa fase passará. Outras virão, mas queremos viver cada uma ao seu tempo, e com tudo que temos direito.
Com tempo e muita pesquisa descobri no face o grupo em que fala sobre Apego e Educação Positiva, e a pouco descobri o grupo: Bater em criança é covardia!. E, foi um alívio. Eu sempre soube que não queria saber de bater na minha filha nem de cantinho do pensamento. Por questões óbvias, pois, afinal creio que bater numa criança “mesmo o tapinha” não ensina em longo prazo. Só dá a noção de que quem é mais forte dita às regras e pode bater no mais fraco. A consequência bater não tem relação nenhuma com a causa (fazer baderna, desobedecer e afins). Colocar no “cantinho do pensamento” também é algo que não acho interessante. Pra mim, as pessoas têm de aprender a pensar em qualquer lugar da casa e do mundo, não é preciso pensar num local específico.
Infelizmente muita gente acredita que se não bater ou não castigar se tornará um pai permissivo, molenga, pois, eu digo que há outras formas de ser enfático, sem ser dessa forma. Leva mais tempo, exige maior dedicação, mas é uma educação pra vida e não para o aqui agora. Eu poderia falar extensamente que a palmada ou pressão psicológica causam malefícios no indivíduo, mas não o farei. Quero ressaltar o que é belo. Portanto, fica o convite para pesquisa de educação positiva.
A educação montessoriana veio completar essa tríade tão importante. Mesmo sendo super apegada sempre acreditei que desde muito cedo temos que desenvolver a autonomia, a criatividade, a curiosidade de uma criança. Descobri mais a fundo o Montessori também a partir de um grupo do face “Montessori para Mamães” e lá vi que minha intuição estava certa. Sempre permiti que minha filha experimentasse sensações novas. Através de novas texturas, diferentes objetos. Leio muito sobre o método e sempre me encanto com a possibilidade de desenvolvimento da criança. Não sou o tipo de mãe protetora/sufocadora, na pracinha ou no lar mesmo permito que ela descubra o ambiente, que ela mexa, claro sempre cuidando e supervisionando, mas se possível sem intervir nas suas descobertas.
Tem sido doce esse nosso aprendizado, digo nosso, porque a família toda aprende junto. Porque somos ligados pelo amor e pela vontade de desenvolvimento mútuo. Meu marido não é chegado a ler teorias tanto quanto eu, mas quando vejo textos interessantes e objetivos lemos juntos.
E, isso tudo vai tecendo a nossa família. Eu me sinto uma militante do amor. Não de um amor convencional, mas um amor libertador. Eu quero um mundo melhor pra minha filha, mais justo e mais feliz de se viver, mas sei que preciso deixar nesse mundo um ser humano tão justo e tão apaixonado pela vida que também queira muda-lo.
Ficou curiosa (o) pelos termos, segue dicas de blogs e site para ótimas leituras e descobertas:

Criação com Apego e Educação Positiva: http://paizinhovirgula.com/

Comunidade Bater em criança é covardia: facebook.com/SemPalmadas

Blog sobre Montessori: http://larmontessori.com/


E, também através do google você descobrirá uma infinidade de material sobre os temas.




segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Receitinha valiosa

Aos poucos eu decidi mudar meus hábitos.
Cansada de dietas malucas, venho aos poucos mudando minha alimentação. Comendo de 3 em 3 horas, bebendo muita água e comendo um pouquinho de tudo.
Uma pessoinha importante demais foi responsável pela minha mudança: VALENTINE! Por buscar uma alimentação mais saudável pra ela, acabei repassando esses bons hábitos pra mim e pro marido.
A primeira mudança foi começar a ler os rótulos, comprar produtos com menos sódio e/ou açúcar e o mínimo de industrializado possível. Um desses industrializados é o molho de tomate (que de tomate tem bem pouco). Nunca gostei do gosto, achava forte e roubava o sabor da carne ou outros alimentos.
Pesquisando aqui e ali, fiz o meu próprio molho de tomate (que de tomate tem muito e muito mais coisas saudáveis).
A receita é boa principalmente pra quem não é muito “chegado” a comer legumes e verduras, pois, é um mix de tudo que faz bem, com tempero, sem conservantes e sal e açúcar!

Vamos aos ingredientes:
2 cenouras médias;
2 cebolas roxas;
1 cebola branca;
1 beterraba;
1 pedaço de moranga;
2 dentes de alho
3 a 4 tomates sem pele.
Orégano e demais temperos a gosto.

Coloque tudo numa panela grande picados grosseiramente, deixe ferver por alguns minutos até que estejam amolecidos.

Logo após, deixe esfriar um pouco e coloque tudo no liquidificador (se não couber, coloque aos poucos), bata até que fique um creme grosso.

A cor ficará bem roxa, mas quando misturado à carne e submetido a altas temperaturas ele fica vermelho.
Rende vários potes. Sempre deixo um pote de vidro na geladeira para uso da semana e os demais, coloco em potes pequenos e congelo.


Fica muito bom, eu particularmente aprovei, o marido e a filha também! É completamente diferente do molho de tomate industrializado. É muito melhor!


Bom apetite!

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

18 meses!

Há 1 ano e meio atrás definitivamente meu coração bateria fora de meu peito pra sempre!

 Há 1 ano e meio atrás eu descobria que o amor dói. Não de uma forma romanceada e juvenil.
Dói quando nasce um dente, dói quando dá febre e quando tem vacina, simplesmente dói ao ter que dar tchau, ainda que por poucas horas. 
E nesse 1 ano e meio tenho descoberto quão doce é a palavra "mamãe". Tenho visto quanto é simples ser feliz, simplesmente por receber um beijo estalado ou ver a alegria nos olhos de quem mais amamos...
Digo e repito sempre, os filhos não vem a Terra pra aprender, eles vem pra ensinar!
E, minha luz me ensina a cada dia a ser feliz independente das adversidades da vida, pois, há um pequeno ser que me espera todos os dias pra brincar, pra sorrir e me convida a viver na plenitude! 


Te amo minha pequena!

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Vamos Comer?

Esse post é dedicado a todas as famílias que piram porque seus pequenos não comem.
Nem sempre (quase nunca) a introdução alimentar é uma tarefa fácil, mas porque será? Bom, a primeira coisa que precisamos refletir é que os bebês passam (ou deveriam passar) 6 meses apenas mamando, ou seja sugando algo liquido, que incrivelmente sacia suas necessidades. Daí de repente de uma hora pra outra surgem as papinhas... Fico pensando como o bebê pensa? Ei, pera aí o que é isso gosmentinho, que eu não conheço? E nós mães e pais numa expectativa louca que simplesmente o bebê coma uma banana inteira ou “mate” um prato de papinha inteiro no primeiro dia. IMPOSSÍVEL!
Primeiro porque ele não tem o hábito da mastigação, não conhece nada pastoso ou sólido e de uma hora pra outra tudo muda. Então essa adaptação terá de ser aos poucos... É provável que alguns bebês já no segundo dia comam bem, mas na maioria vai ser um tal de coloca na boca e põe pra fora, uma sujeirada e pouco se come efetivamente. O que não tem problema, pois, até 1 ano o alimento principal de uma criança é o leite (preferencialmente o materno).
Aos poucos os bebês vão se acostumando, comendo um pouquinho mais. Mas tenho uma super dica para famílias que têm alguma dificuldade na alimentação, deixem seus bebês explorarem a comida, conhecer o que estão colocando na boca. Calma, calma... eu explico!
É simples, imagina você que conhece todos os tipos de alimentos, sabe o que gosta e o que não gosta. Daí surge eu com 3 potinhos, um com uma mistura pastosa marrom, outro verde e outro amarelo e te digo “coma”. No mínimo você irá me perguntar o que é? E daí eu digo “é monthunhesca” (isso não existe é só um exemplo), você se jogará a comer? Ou vai querer cheirar? Olhar, analisar, de repente colocar o dedo pra ver a consistência e daí quem sabe comer...
Tão lógico pensar assim né? E porque pensamos diferente com nossos pequenos? Por mais que falemos bebê come, é bom, é manga. Ele não faz ideia do que seja manga, e dependendo da idade você já disse “menin@ não coma a manga da sua camisa”... E agora quer que coma a manga gostosa? (maldito português que eu amo)! Então permita que ele explore os alimentos. Deixe que ele conheça a manga na sua forma original, depois corte (se possível na frente dele, pra entender o processo), deixe brincar com a casca, depois permita a bagunça de cheirar, amassar com as mãozinhas, e daí lá pelas tantas vai para boquinha...
Nem sempre dará certo, algumas coisas talvez a criança simplesmente não vá gostar, mas na maioria dá certo sim. Os entendidos dizem que é preciso oferecer pelo menos 16 vezes o mesmo alimento a uma criança para que ela realmente possa saber se gosta ou não.
                                                    Uma das primeiras papinhas

                                                            Moranguinho orgânico

Kiwi com 6 meses

Isso se aplica às comidas salgadas também. De preferência não bata no liquidificador, comece amassando com um garfo e aos poucos dê pequenos pedaços, acredite mesmo os banguelinhas tem condições de mastigação.
Mais tarde para ir treinando a coordenação do pequeno, dê a ele uma colher pequena pra ir tentando colocar na boca, e com outra colher vá dando a comida, geralmente comem tudo e nem notam.
                                                                   12 meses

Aos poucos e dependendo da idade da criança a insira no processo de “fabricação” do seu alimento. Façam um bolo juntos, deixa que ela “esprema” as frutas para o suco, construa com sua criança esse universo de prazer.

                                                                    13 meses

                                                         Ajudando no preparo do bolo

Se você levar pra mesa todo o medo e ansiedade pela criança não comer, é bem possível que ela continue não comendo. A alimentação tem de ser mais um momento de prazer como tantos outros na vida em família. E, mais não subestime sua criança, uns comerão 3 colheres e será o suficiente, outros limparão o prato. Aprenda a conhecer seu pequeno, e lembre-se que não vivemos pra comer, comemos pra viver, e isso inclui as crianças.
Independente da idade prefira alimentos frescos, saudáveis e naturais...  Estejam preparados pra muita bagunça, mas pra muita diversão também.

                                                   14 meses - comendo ovo de garfo

Comendo massa, comendo?

Coragem e mão na massa! 

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Diálogos entre avós!

Semana passada me deparo com uma cena que tenho que dividir com vocês.
Chego à casa de meus pais pra buscar a Tine e quando vejo há um cercado com uma galinha e um galo (de verdade). Olhei achei estranho, quando entrei em casa minha filha já me recepcionou falando “cocó, cocó...”  Olhei pro meu marido, depois pra minha mãe e perguntei o que são aqueles bichos ali? Ela já rindo me disse, ah são os “cocós” da Tininha.
- Como assim mãe?
- Ah cada vez que vou à pecuária ela fica olhando os “cocós” e os “pipis” (passarinhos), como sei que tu não deixa eu dar um passarinho, porque lugar de passarinho é solto, resolvi comprar os “cocós”...
- Mas mãe, os cachorros podem comer eles, o galo vai cantar às 5h da manhã, eles não têm bom cheiro...
- Ah, filha, mas se tu visses a felicidade dela trazendo os “cocós” tu ias entender. Ela já mandou beijo, deu couve pros bichinhos, ela adorou. E, depois vai ter ovinho muito mais saudável pra comer.
- Quero só ver quando o pai chegar, ele vai acabar com essa festa. Vai brigar contigo.
- Não vai não, será que vai?
- Tu vai só ver... (minha esperança é que meu pai tivesse juízo, galinhas no pátio? Nunca pensei).
Passado alguns minutos meu pai chegou. A mãe pegou a Tine no colo e correu pra ver o que ele ia dizer. Eu tinha certeza que viria bronca. Meu pai é tranquilo, mas o galo ia incomodar o sono deles, e o sono do meu pai é sagrado...
- Olha vô a Tininha tem “cocós”. (Vó falando, e eu esperando a reação).
Silêncio ensurdecedor. Vovô estava tirando capacete e tentando entender a cena. Dali a pouco, ouço:
- Ah que legal, a Tininha tem 2 “cocós”. Vai ter ovinhos e vai poder dar comidinha.
- Como assim pai, tu não vai brigar com a mãe com esses bichos no pátio?
- Ah, filha achei a ideia tão simpática. E olha a felicidade da Tininha nos mostrando...

Fim de papo, pais quando se tornam avós perdem o juízo, só pode...



Realmente ela adora os cocós!

domingo, 11 de agosto de 2013

Para o melhor pai do mundo!

Semana dedicada aos pais, e por aqui não poderia ser diferente. Dedico esse post ao papai mais especial da face da terra...
Ao pai da Valentine. Sim, poderia dedicar ao meu pai também, mas ele não acessa a internet e eu lhe falarei o que sinto pessoalmente... Mas a Valentine ainda não sabe dizer quão especial o pai dela o é, então digo eu.
A Valentine tem a sorte de ter como pai um homem que se dedica inteiramente a ela. Ele foi a praticamente todas as consultas do meu pré-natal. As ecos eram sempre uma festa, uma emoção, sorrisos e lágrimas ao mesmo tempo.
Sabe essa coisa de que pai vai se tornando pai aos poucos? Que como não muda o corpo deles, eles entendem de forma mais lenta essa mudança? Aqui foi diferente. Desde o primeiro momento, após se recompor da notícia ele passou a ser pai. Primeiro cuidando de mim, da minha alimentação, da minha saúde. Respeitando minhas crises de choros e incertezas. Depois quando a barriga tava grande já, acordava com ele brincando com a Valentine (ele aqui fora e ela aqui dentro), mas não é que a mocinha respondia aos seus chamados. Ela sempre mexia quando ele conversava e/ou cantava pra ela.

Ele não viu ela nascer, não foi possível. Mas ele chegou, me olhou, viu que estava tudo bem e correu pra ficar com ela. Pegou no colo primeiro (eu só dei aquele cheiro rápido, pois, ela foi direto pra UTI), trocou a primeira fralda, deu o primeiro banho...


E eles têm uma ligação linda que eu amo. Ela adora dormir até mais tarde com ele, ele até hoje ainda dá banho nela no chuveiro. É só ele quem dá comida pra ela no almoço...
Ela é a cara dele, tem a minha personalidade e falta de paciência, mas sorri feito ele, é generosa tal o pai...
Eu poderia escrever muitas e muitas coisas a respeito desse paizão. Mas quero apenas dizer, obrigada!
Obrigada por ter me escolhido pra dividir essa magnífica experiência de ser casal, de ser família. Obrigada por estar ao meu lado a cada dia difícil, por segurar forte a minha mão, quando me sinto insegura.

Obrigada por ter paciência e amor de sobra comigo. Obrigada por nunca me deixar desanimar e por me encorajar sempre. 
Obrigada principalmente por nos amar de uma forma que ninguém mais nos ama. Obrigada por ser esse pai e marido tão especial, te amamos!




quarta-feira, 31 de julho de 2013

Tudo muda o tempo todo...

Peguei-me rindo de mim mesma nesse momento.  Como pode as coisas mudar tanto?
Eu sempre levantei a bandeira de que odeio ganhar coisas pra casa, presente tem que ser pra mim, e realmente ainda penso assim. Mas hoje estou tão feliz porque comprei um fogão novo (só que não)! Ele é novo na minha casa, mas é de segunda mão. Porém o forno funciona, o meu não funcionava!
Uhuuu, sim, feliz, feliz. Nunca pensei que isso me animaria tanto, mas pra quem cozinha diariamente sabe que a vida na cozinha fica restrita sem forno...
Como também sou uma mamãe consciente raramente faço frituras mais aqui em casa, nossa alimentação mudou muito após a chegada da Valentine. Tão logo, ainda mais um forno faz falta... O forno também faz falta pra lasanha entre amigos, e um bom arroz de forno...  Já sinto o gosto das delicias que vem por aí!
No tema tudo muda o tempo todo, estou muito feliz com nossas mudanças. Entrei num grupo de alimentação consciente e estou muito satisfeita. Existe um milhão de coisas que não sigo, mas existe outro milhão que sigo. Comida mais leve, mais saudável, própria pra criança e pra adultos.
Na minha casa nunca entrou salgadinhos, bolachinhas recheadas, toddy, ou qualquer porcaria que a indústria insiste em dizer que é próprio pra criança, mas que não serve pra ninguém. Mas aos poucos eu via poucas opções de variações no cardápio da minha filha.
Hoje com o grupo e com o blog da Thais (VEJA AQUI), faço muitas delícias. Tirei inclusive da minha casa os iogurtes industrializados e os inhos... Faço natural e minha filha come com muito mais gosto e nós (papais) também.
Dá trabalho? Claro que dá, eu não jogo os produtos do mercado no cesto e coloco na dispensa. Eu leio cada rótulo, vejo o que menos contém sódio, conservantes, açúcares e chego em casa e faço tudo manualmente. Mas quem disse que se alimentar bem e ter uma filha são coisas fáceis? Bom, não é mesmo, mas eu escolhi essa vida e não me arrependo.
Resultado disso tudo? Vida mais saudável e 2 kg a menos na mamãe aqui... Como é bom estar sempre aprendendo! 
Como sempre digo, os filhos vem mais para ensinar do que para aprender...
Partiu fazer uma receitinha!

Fica aqui um belo documentário a ser assistido pelas famílias...




sexta-feira, 26 de julho de 2013

Dia dos avós

Sério mesmo que existe um dia só para os avós? Isso começou quando e por quê? Eu sinceramente não me lembro de ter feito um bilhetinho para meus avós na escola... Nunquinha... Deve ser mais uma data comercial.
Mas enfim, isso me fez pensar em meus queridos avós. Hoje sou órfã de avós, mas tive muitas lindas experiências com meus queridos.
Meu avô por parte de pai não conheci, nem minha mãe conheceu seu sogro... Minha avó por parte de pai era uma senhora pequena de cabelos cumpridos e branquinhos feito algodão. Lembro-me muito bem dela, pois, nos deixou fisicamente há pouco tempo. Lembro-me do pau de rosca de polvilho em cima do fogão a lenha, e daquele cheirinho de café fresquinho (eu nem gosto de café, mas o cheiro me leva a lembranças incríveis). As comemorações de ano novo eram em sua casa, uma modesta casa cheia de tios, primos e amigos. Rolava amigo secreto e tudo era muito divertido...
Meus avós por parte de mãe foram quase que pais para mim. Infelizmente minha avó faleceu quando havia completado 3 anos, mas ainda tenho alguns registros dela em mim. Moramos com ela e minha mãe conta que eu adorava fazer cavalinho em sua perna. Que ela me mimava e me cuidava como ninguém...
Meu avô também se foi há 3 anos atrás então esse realmente lembro-me de muita coisa. Depois que a vó faleceu moramos um pouco com ele, eu o acompanhava na praia, na missa e nos passeios. Mais tarde, ainda adolescente, sentava ao seu lado e ouvia suas histórias. Fiz questão de saber como ele conheceu a vó e como foi sua infância. Eu realmente lhe ouvia. E isso me tornava especial aos seus olhos. Éramos de times rivais e poder rir um do outro quando os times perdiam nos tornava ainda mais íntimos e amigos... Quanta saudade. Prometi-lhe que no seu aniversário de 90 anos me casaria e ele e meu pai me levariam ao altar... Não cumpri, casei um ano após seu falecimento, se eu pudesse voltar no tempo...
Contudo, tenho ricas recordações de meus avós, histórias que lembro com requintes de detalhes, histórias que me contam e tento guardar comigo. Ter avós é uma benção.
Hoje vejo minha filha tendo a mesma relação de amor com seus avós e fico muito feliz. Minha pequena vê meus pais praticamente todos os dias e vê-la tão feliz nos braços deles é algo de que me orgulho.
A Valentine tem avós relativamente jovens, então a relação é gostosa e linda. Eles têm saúde pra fazer cavalinho, balancinho e fazer suas vontades todas.
Ela simplesmente ama passar o dia na casa dos avós maternos e paternos, ela não sabe me contar tudo que faz com os avós, mas vimos em seus olhos a alegria e satisfação que é poder ter ao seu lado pessoas que tanto lhe ama e respeita.

Sou infinitamente grata por tanto amor dedicado a ela, e realmente acho que todos os dias deveriam ser dia dos avós. Dos avós presentes que amam e curtem seus netos.

Um beijo no coração de cada avô e avó! 


                                          Meus pais (vovô Elias e vovó Elizete)

                               Pais do Adriano (vovô Orion e vovó Terezinha)


                                                  A Bisa Ozair (avó do Adriano)

                                  Meu avô - in memorian (comigo e minhas primas)

Prece de Mãe

Se eu pudesse fazer um único pedido a Deus, eu pediria que você crescesse beeem devagar. Que seu cheirinho de bebê durasse pra sempre em minhas mãos e que seu sorriso se eternizasse em mim.
Lembro-me quando lhe trouxemos pra casa, tão pequena e tão dependente, eu me perguntava quando você dormiria a noite inteira, quando não precisaria mais lhe embalar até você dormir? Hoje me pergunto por que não curti mais?
Nós mães chegamos esgotadas da maternidade (mãe de UTI nem se fala), queremos sossego e colo. Sim, também queremos colo. De repente nos vimos com um pequeno serzinho nos braços e uma responsabilidade única e assustadora.  Daí tudo que queremos é saber que o choro da noite vai passar, que as cólicas vão passar, que o soluço, o refluxo e tudo mais vai passar...  Mas passa tão rápido que quando nos damos conta dá medo.
Como assim 1 aninho? Como assim “tau tau mamãe!” e quer ficar dormindo na vovó? Como assim sai correndo, faz birra, e só quer o que quer?  É exatamente assim mesmo...
Nos primeiros meses a gente se sente cansada, esgotada e como se estivesse numa eterna prova, tendo que ser a supermãe. Daí depois a gente relaxa, não liga pros pitacos, segue o extinto, e solta à clássica, eu sei o que é melhor pra minha filha.
Depois de realmente relaxar a gente passa a curtir, e hoje me pego olhando pra aquela menininha linda e só desejo que o tempo não corra, se arraste. De uma forma tão contraditória desejo que o tempo voe para algo que desejo resolver, pra aquele tão sonhado projeto profissional aconteça, mas quando olho pra minha pequena só quero que o tempo espere. Espere pra eu lhe fazer rir o máximo de vezes que eu conseguir, espere pra que a gente seja feliz um pouco mais, que o tempo espere pra que eu veja mais um bichinho feito por ela, ou o beijo, ou o auau tão fofo, tão desajeitado...
Até ontem queria não precisar lhe embalar pra dormir, hoje me sinto orgulhosa quando ela me pede um colo e se aconchega junto de mim. Desejei que ela dormisse a noite toda, hoje quando raras às vezes acorda cedo eu fico curtindo ainda mais o nosso chamego.

Na verdade hoje me dou conta que não posso controlar o tempo, nem tão pouco pedir que ele passe conforme meu desejo, ora mais lento, ora mais rápido. Hoje só peço serenidade pra curtir cada fase de forma única. Pra que eu possa ver uma criança crescendo linda e saudável.





segunda-feira, 15 de julho de 2013

Mãe imaginária x Mãe real

Que mulher nunca se pegou pensando em que tipo de mãe seria? Mesmo as que não desejam serem mães, em algum momento da vida já pensaram um pouquinho sobre isso. Nem que seja lá na adolescência, no alto da rebeldia quando se trancava no quarto com raiva porque a mãe não deixou ir à festa e logo pensa: “quando eu for mãe, vou ser muito diferente”...
Pois bem, eu sempre quis ser mãe, e a vida foi-me “mostrando” que tipo de mãe eu iria ser (risos, muito risos). Primeiro eu sou uma pessoa de personalidade super difícil, então tinha certeza que seria uma mãe brava (até sou, mas não muito). Depois, quando entrei pra psicologia vi tanta coisa que acreditei como verdades absolutas que hoje tenho pena de mim.
Eu acreditava que amamentar por mais de 6 meses era desnecessário, que bebê devia dormir em seu quarto desde sempre, inclusive sempre brinco com uma amiga, se eu pagar a minha língua minha filha dormirá no meu quarto até casar, ahahaha
Acreditava que criança tinha que ir pra escolinha cedo pra acostumar, pra se socializar e que chorar não fazia mal a ninguém... Como eu mudei! A única coisa que não mudou no meu pensamento foi o critério que JAMAIS uma criança merece apanhar, no mais tudo mudou.
Quando engravidei passei a ler blogs e matérias todas quantas fossem possíveis sobre maternidade, sono do bebê, alimentação, educação e tudo mais. Engraçado que quando aquele pequeno ser “cai” no seu colo automaticamente o botão “DELETE” é ativado. O instinto maternal aflora e coisas da tua infância reaparecem.
Algumas coisas a gente não quer repetir com os nossos filhos, outras não queremos deixar de fazer. Eu nasci de parto normal, queria também poder parir normalmente, mas a natureza não permitiu. Simplesmente ela teve que vir antes, não porque ela quis, mas porque corria riscos e bater o pé e esperar a hora “certa” era tolice. Abandonei meu primeiro propósito para seu bem. Ela veio linda e saudável, porém, miúda. Quinze dias de UTI recebendo o meu leite mais complemento para engordar logo e vir embora. Eu ia contestar o Leite Artificial? Ah, as mães de UTI é quem sabem. Eu queria mesmo era levar ela embora comigo, se o médico dissesse pra dar Mac Donald eu daria sem culpa (ok exagerei). Mas fiquei os primeiros 15 dias sem dormir com minha filha...
Quando ela veio pra casa passei a dar o leite materno com muito carinho, mas parecia não ser o suficiente, eu acreditei que não era. Ela já veio “meio” adestradinha da UTI, só acordava de 3h/3h mesmo eu acreditando na livre demanda.
Com 4 meses uma bronquiolite e uma possível internação que eu enlouqueci e o médico cedeu e não internou. Meu marido e eu fazíamos bombinha a cada meia hora, e ela não tinha forças pra sugar no peito, lá veio a mamadeira e ela não foi mais embora. Não quis mais saber do peito e eu também não fui a pessoa mais persuasiva nesse ponto (arrependimento)!
Com tudo ela passou a dormir a noite toda, a coloquei em seu quarto e me orgulhava que ela até dormia sozinha, sem embalos. Até os 3 meses muito embalamos. Os dias foram passando e tudo estava dentro do meu primeiro planejamento de ser mãe.
Nos mudamos, a casa em que fomos morar só tinha um quarto, arrumei o espaço dela, berço cômoda e brinquedos. Mas já não dormia mais na cama dela, dormia comigo até o papai vir pra cama e depois ele colocava no berço. Quando o papai tava com preguiça ou queria “um cheirinho” ele deixava ela ali conosco.
Nos mudamos novamente, tudo igual e nos mudamos mais uma vez. Agora estamos num apartamento que tem 2 quartos, mas como infelizmente, também é provisório nem a adaptei em seu quarto. Caminha no nosso quarto e a mesma rotina, dorme comigo e depois vai pra cama dela ou não vai, papai quem decide... hehehe
Quanto à escola relutei o que deu pra colocá-la, e só a pus por necessidade, pois, se pudesse ficaria com ela em casa por mais tempo. Como não trabalho pela manhã, ficamos juntas, brincamos, lemos e “preparamos” o almoço, sempre é muito prazeroso esse nosso tempo.
Vi que aquele modelo de mãe meio soldado do exercito falido não cabia em mim. Que eu quero que minha filha ganhe muito colo, muito beijo, muito amor. Que eu quero passar o maior tempo possível com ela e tornando nossos momentos felizes.
No meio disso tudo li muito sobre a criação com apego e método Montessori, que são assuntos pra outros dois posts. Mas o que posso dizer é que hoje eu faço a meia culpa de quanto fui ridícula em julgar, em achar que em todo lugar é igual, que tem receita de bolo pra criar uma criança.
Eu lembro quando confessei pra duas colegas de profissão (psicólogas) que minha filha havia dormido em nossa cama com 2 meses, como se fosse um crime. Hoje eu rio de mim mesma, Freud teria vergonha da mãe/psicóloga que sou.
A minha filha dorme a noite toda, come muito bem, é esperta e brinca sem parar. Privilegio uma vida repleta de boas sensações e muito amor. E isso me basta...





E você como é ou acha que será? 

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Como não amar?


Quem conhece meu esposo e eu, sabe, que desde sempre somos envolvidos em grupo de jovens. Nos conhecemos desde os meus 11 anos de idade e frequentamos os grupos juntos. Por muito tempo fomos só amigos, tivemos idas e vindas e sei que nosso laço de amor e amizade se fortalecia a cada encontro de jovens que participávamos juntos.
Começamos frequentando o grupo da nossa comunidade em que nossas mães eram as tias responsáveis, e hoje, nós somos tios de um grupo, louco isso não?
Foram muitas viagens apresentando teatros, ele cantando eu encenando, eu me encantando, ele se apaixonando. E fomos crescendo, nos distanciávamos e os grupos da vida nos reaproximavam. Eu tinha certeza que só casaria com uma pessoa que me apoiasse na minha caminhada, ele já caminhava ao meu lado e eu nem desconfiava.
Com o tempo nos percebemos apaixonados um pelo outro. Então começamos a namorar, continuávamos nos retiros que tanto nos faziam bem. Casamos e 1 mês antes do casamento fomos convidados para sermos tios do Onda (Objetivo Novo do Apostolado). Os outros 3 casais de tios, nossos amigos nos pegaram de surpresa. O Adriano já tocava no retiro e aceitamos facilmente.
De lá pra cá, nossa vida é intensa. Muitas reuniões, uma enorme responsabilidade por termos tantos “sobrinhos” que são quase filhos.
No meio disso tudo veio a nossa filha, nossa princesa, nosso tudo. Quando soube que estava grávida pensamos em abrir mão do grupo, pois, teríamos muita responsabilidade, não conseguimos. Por razões pessoais já pensamos em nos afastar várias vezes, uma delas foi quarta-feira antes do retiro, conversamos seriamente e deixamos acertado que passado o retiro, entregaríamos nosso cargo,pois, estamos muito envolvidos em projetos pessoais e tememos não poder nos dedicar por inteiro, mas como fazer isso? (o Adriano vai me matar...)
Como abandonar tanto amor recebido? Como devolver tanto carinho, tanta confiança? Não posso negar os abraços, nem tão pouco fingir que tudo isso não mudou a minha vida.
Quero que minha filha seja envolvida nesse amor sempre, quero poder passar por essa Terra e ter a certeza de que não foi em vão. E o melhor que eu tenho pra oferecer é meu pronto sorriso, minha alegria, meu carinho e minha dedicação.
Trabalhar com jovens é ter a alma juvenil sempre, é poder ser mãe e amiga, falar dos nossos medos sem o julgamento dos adultos é saber ser livre. Ao mesmo tempo é poder auxiliar esses mesmos jovens na sua caminhada, mostrar pra eles um pouquinho do quão grande e forte eles são, e provocar a inquietude da descoberta de si, afinal, quem EU sou?
Na minha caminhada fiz verdadeiros amigos independente da idade, na minha caminhada formei minha família. E não tem como não pensar no “Pequeno Príncipe”: tu te tornas eternamente responsável por quem cativas!



16° ONDA - 2013. Inesquecível!

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Inverno + brincadeiras...

Eu sempre amei o inverno. De verdade, de achar gostoso entrar no banho (ruim é pra sair). Comer sopa, pinhão, quentão e feijoada. De vestir com roupas mais elegantes, de comer "berga no sol"...
Mas quando nos tornamos mães isso muda... Muda mesmo, hoje tenho um certo pânico do inverno.
Continuo gostando disso tudo, mas com a chegada da Valentine, inverno virou também sinônimo de resfriado, gripe e tudo mais...
Ano passado no autos dos seus 4 meses ela teve bronquiolite, quase parou no hospital. E papai e mamãe ficaram muito assustados...
Esse ano o inverno já trouxe uma crise de rinite e otite forte. Graças a Deus nada de pulmão fechado nem doença mais grave... Mas resultado: inverno + frio + rinite do bebê = mamãe e filha de atestado em casa.
Bom, já que não tem jeito, terça resolvi entretê-la  com tinta caseira. Ela estava enjoadinha, um pouco de febre... Então bora preparar algo legal pra mandar a moleza pra longe.

Ingredientes:

1 xic. de farinha
1 xic. de sal
1 xic. água
Corantes alimentícios.

Mistura todos os ingredientes (exceto o corante) e separa em pequenos potes. Depois de separado, coloca-se os corantes.

Pronto, cores lindas e tintas atóxicas, especialmente para bebês que colocam tudo na boca. Não é uma receita comestível, porque o gosto é horrível, pois, vai muito sal. Mas se por na boca não terá problemas e, garanto, o bebê não vai gostar do sabor. 

Daí pra frente é diversão garantida... Separei um espaço pra minha mocinha que já estava ansiosa com o que eu estava inventando. E segue a diversão:


 Misturando as cores
 Concentração e diversão
 Deixei ela usar os pés na sua obra de arte.

Ela simplesmente AMOU! Brincou uma meia hora, não deu muita bola pros pincéis, mas brincou muito. E sabe do que mais? A febre se foi... rimos, brincamos e tudo terminou com um ótimo banho, mamadeira e soninho. Foi uma tarde muito gostosa.

PS: Sempre que resolvo fazer brincadeiras desse tipo alguém me fala da sujeira, do tempo e qualquer outro "empecilho". Pois, eu falo que isso é uma delícia. Sei que com o tempo não são dos brinquedos caros e cheios de som que ela irá lembrar, mas das sensações de prazer e alegria que experimentou com a família. Então parafraseando um blog que aprovo e recomendo, Por que não mamãe? 

Vocês podem ver o blog com muitas ideias e brincadeiras AQUI!

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Eu vejo um novo começo de era...

É assim parafraseando o querido Lulu Santos que inicio meus post! Porque eu vejo mesmo um novo começo.
Eu sou dada à mudanças, gosto de mudar os móveis do quarto, da sala, gosto de mudar meu estilo de cabelo, de roupas... Não sigo um estilo "patricinha, rip..." ou qualquer coisa assim, mudo tudo por fora, sem dor na consciência.
E, mudo por dentro também. Mudo de ideia, mudo de opinião (desde que me convençam), não mudo nada a força, mas aos poucos sou capaz de ir mudando e me orgulho disso, afinal só não está em transformação quem já morreu.
E é por isso que estou tão mobilizada com a grande #revolução que está ocorrendo em nosso País, acho lindo de ver. Eu queria estar lá no meio desse povo gritando toda minha indignação de um país acanhado e sem personalidade, mas como um gigante que hibernava, simplesmente acordou. E agora meus queridos, depois do sono profundo está com fome de mudança!
Eu não posso estar lá, mas posso de onde estou lutar com todas as minhas forças pra que tudo isso tome forma e cara de mudança. Temos de ter ideias, não dá pra lutar pelo vazio, é preciso ter objetivos. Eu queria uma revolução na nossa constituição, eu queria que as pessoas desligassem a TV e se permitissem olhar mais além, eu queria que as pessoas se permitissem pensar mais... Eu queria tanta coisa.
E sabe o que eu estou fazendo? A longo prazo tenho certeza que estou criando uma cidadã melhor para meu país. Uma cidadã que será questionadora, que não se deixará manipular pela TV, se tudo der certo essa ferramenta se tornará obsoleta na sua adolescência e vida adulta.
Estou educando uma menina com princípios, que respeita a natureza e os seres humanos.
Que está aprendendo que conhecimento e amor são ótimas ferramentas para o mundo, e que SER é mais importante que TER.
Não quero uma pequena "vestibulandinha", na minha vida. Quero uma menina que se interesse por artes, música e política. Que não se intimide com olhares reprovadores e nem com ideias que começam com "... no meu tempo..." Que ela saiba com educação dar sua visão de mundo...
Parece pouco? Nossa, é o meu projeto mais difícil.
Por essa razão desde o nascimento eu leio pra ela, conto histórias, permito que ela descubra coisas novas na cozinha, no quarto, na areia, na água...Minha pequena exploradora ainda vai mudar o mundo!
Mas, enquanto isso não ocorre, deixa pra mamãe e pro papai aqui... Mudaremos tudo que estiver ao nosso alcance minha filha, e te contaremos com orgulho que participamos de uma  #revolução no país enquanto você brincava!


quinta-feira, 13 de junho de 2013

Noite do mimimi perfeita!

Quem não gosta de ganhar presente?
Quem não gosta de surpresa?
Quem não gosta de saber que é amad@?
Pois é, eu também gosto. Mas não gosto dessa obrigatoriedade de data, não gosto dessa comercialização dos relacionamentos.
Essa coisa de "ter" que postar foto nas redes sociais, de correr pras lojas, restaurante lotados, mimimis e frufrufrus... Aaaah, me cansa!
Já fui mais romântica, eu confesso, mas não acho que me tornei insensível, na verdade me tornei seletiva.
Pra mim um diamante negro deixado na mesa numa terça-feira chuvosa tem mais valor que o tal presente do dia dos namorados. Chegar em casa e ter a janta iniciada é incrível. A frase "deixa a louça aí eu lavo depois", pôw essa ganha o prêmio da paz lá em casa!
Há muito não trocamos presentes nesse dia, e é muito tranquilo... Deixamos de ser namorados? Claro que não, o romance, o olhar carinhoso, o sorriso com cara de conquista sempre está por aqui nos rondando... Mas, passamos de fase, essa neurose passou, entendam não é uma crítica a quem gosta de todos os frufrus que a data permite, só aqui é diferente!
Fui às 7h pra Tramandaí e fiquei lá durante todo o dia, e lá pelas 15h é que mandei um sms lembrando o meu marido quanto ele era especial... A resposta veio de imediato e de uma forma tão linda "...o mundo não verá o nosso amor acabar..."
Amei, simples e verdadeiro. Não verá mesmo!
Quando cheguei fomos curtir a noite de uma forma muito bacana. Janta com os amigos... Estranho? Que nada, casais de amigos especiais, casais de amigos que começaram a namorar na mesma época que a gente, que acompanhou a trajetória de cada um. Amigos que nos auxiliam nas horas difíceis, que nos acolhem... E, com as crianças, claro!
Janta entre amigos, amores e filhos! A verdadeira Grande Família! Um cardápio maravilhoso... Sem filas, sem gente em excesso, sem crianças na avó... Uma delícia... com muito riso e alegria!
Não podia ter uma noite melhor!


quarta-feira, 12 de junho de 2013

A Saga continua...

Ontem não teve como passar por aqui, então hoje vamos aos fatos.
Dia cinza, com a tranquilidade de não trabalhar até ao meio dia, dormimos até às 10h30min...
Aí ao acordar corria total. Tira pijama, coloca roupa em si e na filha, escova dentes, come algo e voa pra cozinha.
Coloca o feijão no fogo e o primeiro susto da SUPER cozinheira (SQN), sem cebolas! Nem sei nos demais lares, mas não sei cozinha sem temperos. Pega a filha e 5 reais e corre pra fruteira. Três cebolas e um molho (é molho que se diz?) de couve-flor, valor total R$5,50... xiii, já fiquei devendo R$0,50 pra Alemão da fruteira e corre pra casa.
Uuuufa, em casa, tempera feijão, couve-flor empanado, frango e arroz... ARROZ? Ah, não tem arroz também, é isso produção? Alías, tem 1 xícara... que raio de dona de casa deixa faltar arroz? Eu claro. Resumindo nos viramos com uma xícara mesmo.
Depois dos problemas resolvidos, almoço, higiene, arruma-se e rumando para escola. Escola de Educação Infantil (li num artigo ontem que o termo "escolinha" é pejorativo... A politicamente correta então se adaptou aos termos ou não)!
Coração menos acelerado que o dia anterior chego ao destino. Marido que não é bobo nem nada me deixa no portão e me avisa: quando estiver prnta liga!
Adentro a escola, chego na sala de aula e a gentil professora vem me atender. Entrego a Tine, olho ela alguns minutos, percebo entrosamento com a sala, profª e colegas e saio. Siiim, saio. A mesma profª no dia anterior me SUGERE que eu fique na recepção olhando através das câmeras para ela ficar mais a vontade.
Cumpri fielmente sua sugestão, fiquei com olhos grudados na telinha, entre lágrimas e sorrisos vejo que ela está bem.
Tão logo, engato num papo com as sócias da empresa. Topetuda e empreendedora que sou, já sugeri mudanças e ofereci um projeto à escola de capacitação profissional... Ah, ah, ah... mesmo sem nenhuma credibilidade, pois, a psicóloga estava ali totalmente exposta e sem a habitual cara de paisagem. Mas, com isso relaxei.
No meio disso chegou a profª de música, a Tine se sentiu em casa. Música e violão pra que melhor? Voltei pra sala e espiei, ela me notou e ao contrário da maioria das crianças que corre pro colo dos pais, ela sorriu, me mandou um beijo e voltou a prestar atenção na música. Naquele momento foi como se dissesse "fica calma mamãe, está tudo bem". E, de fato estava.
E lá vem o "Grand Finale"... Acabou a tal uma hora de adaptação, estávamos eu, papai e vovó prontos pra pegar nossa pequena e irmos pra casa/trabalho, mas adivinhem? Ela simplesmente não queria saber de nós.
Chamamos, batemos palma e ela apenas sorria. O pai atrasado pro trabalho pegou-a e fomos saindo... resultado... CHORO, muito choro. não é que passei aquela maldita vergonha de levar a filha embora aos berros? Eu roxa de vergonha por ter chorado acreditando que ela se sentiria insegura sem seus pares de referência e tomo esse tapa na cara!
Mas quem disse que ser mãe é fácil?!?
Ufa, apesar disso não posso reclamar, como todo mundo me fala: "já pensou se fosse ao contrário, tu fosse obrigada a deixar e ela não quisesse ficar?" Siiiiim, já pensei M E S M O!
Sei que as queridíssimas das minhas amigas devem estar rindo muito desse meu relato, pois, acompanham todo o meu drama, e a maioria já passou por isso e sabe o final, tudo passa e fica bem!
E, acreditem a pequena já está a mil apontando pra mãozinha e "cantando" ão ão... Que é a música que cantaram na escola "Cai cai balão"... Huuum, essas cantigas me lembram festa junina... Adóóóro!