quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Vamos Comer?

Esse post é dedicado a todas as famílias que piram porque seus pequenos não comem.
Nem sempre (quase nunca) a introdução alimentar é uma tarefa fácil, mas porque será? Bom, a primeira coisa que precisamos refletir é que os bebês passam (ou deveriam passar) 6 meses apenas mamando, ou seja sugando algo liquido, que incrivelmente sacia suas necessidades. Daí de repente de uma hora pra outra surgem as papinhas... Fico pensando como o bebê pensa? Ei, pera aí o que é isso gosmentinho, que eu não conheço? E nós mães e pais numa expectativa louca que simplesmente o bebê coma uma banana inteira ou “mate” um prato de papinha inteiro no primeiro dia. IMPOSSÍVEL!
Primeiro porque ele não tem o hábito da mastigação, não conhece nada pastoso ou sólido e de uma hora pra outra tudo muda. Então essa adaptação terá de ser aos poucos... É provável que alguns bebês já no segundo dia comam bem, mas na maioria vai ser um tal de coloca na boca e põe pra fora, uma sujeirada e pouco se come efetivamente. O que não tem problema, pois, até 1 ano o alimento principal de uma criança é o leite (preferencialmente o materno).
Aos poucos os bebês vão se acostumando, comendo um pouquinho mais. Mas tenho uma super dica para famílias que têm alguma dificuldade na alimentação, deixem seus bebês explorarem a comida, conhecer o que estão colocando na boca. Calma, calma... eu explico!
É simples, imagina você que conhece todos os tipos de alimentos, sabe o que gosta e o que não gosta. Daí surge eu com 3 potinhos, um com uma mistura pastosa marrom, outro verde e outro amarelo e te digo “coma”. No mínimo você irá me perguntar o que é? E daí eu digo “é monthunhesca” (isso não existe é só um exemplo), você se jogará a comer? Ou vai querer cheirar? Olhar, analisar, de repente colocar o dedo pra ver a consistência e daí quem sabe comer...
Tão lógico pensar assim né? E porque pensamos diferente com nossos pequenos? Por mais que falemos bebê come, é bom, é manga. Ele não faz ideia do que seja manga, e dependendo da idade você já disse “menin@ não coma a manga da sua camisa”... E agora quer que coma a manga gostosa? (maldito português que eu amo)! Então permita que ele explore os alimentos. Deixe que ele conheça a manga na sua forma original, depois corte (se possível na frente dele, pra entender o processo), deixe brincar com a casca, depois permita a bagunça de cheirar, amassar com as mãozinhas, e daí lá pelas tantas vai para boquinha...
Nem sempre dará certo, algumas coisas talvez a criança simplesmente não vá gostar, mas na maioria dá certo sim. Os entendidos dizem que é preciso oferecer pelo menos 16 vezes o mesmo alimento a uma criança para que ela realmente possa saber se gosta ou não.
                                                    Uma das primeiras papinhas

                                                            Moranguinho orgânico

Kiwi com 6 meses

Isso se aplica às comidas salgadas também. De preferência não bata no liquidificador, comece amassando com um garfo e aos poucos dê pequenos pedaços, acredite mesmo os banguelinhas tem condições de mastigação.
Mais tarde para ir treinando a coordenação do pequeno, dê a ele uma colher pequena pra ir tentando colocar na boca, e com outra colher vá dando a comida, geralmente comem tudo e nem notam.
                                                                   12 meses

Aos poucos e dependendo da idade da criança a insira no processo de “fabricação” do seu alimento. Façam um bolo juntos, deixa que ela “esprema” as frutas para o suco, construa com sua criança esse universo de prazer.

                                                                    13 meses

                                                         Ajudando no preparo do bolo

Se você levar pra mesa todo o medo e ansiedade pela criança não comer, é bem possível que ela continue não comendo. A alimentação tem de ser mais um momento de prazer como tantos outros na vida em família. E, mais não subestime sua criança, uns comerão 3 colheres e será o suficiente, outros limparão o prato. Aprenda a conhecer seu pequeno, e lembre-se que não vivemos pra comer, comemos pra viver, e isso inclui as crianças.
Independente da idade prefira alimentos frescos, saudáveis e naturais...  Estejam preparados pra muita bagunça, mas pra muita diversão também.

                                                   14 meses - comendo ovo de garfo

Comendo massa, comendo?

Coragem e mão na massa! 

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Diálogos entre avós!

Semana passada me deparo com uma cena que tenho que dividir com vocês.
Chego à casa de meus pais pra buscar a Tine e quando vejo há um cercado com uma galinha e um galo (de verdade). Olhei achei estranho, quando entrei em casa minha filha já me recepcionou falando “cocó, cocó...”  Olhei pro meu marido, depois pra minha mãe e perguntei o que são aqueles bichos ali? Ela já rindo me disse, ah são os “cocós” da Tininha.
- Como assim mãe?
- Ah cada vez que vou à pecuária ela fica olhando os “cocós” e os “pipis” (passarinhos), como sei que tu não deixa eu dar um passarinho, porque lugar de passarinho é solto, resolvi comprar os “cocós”...
- Mas mãe, os cachorros podem comer eles, o galo vai cantar às 5h da manhã, eles não têm bom cheiro...
- Ah, filha, mas se tu visses a felicidade dela trazendo os “cocós” tu ias entender. Ela já mandou beijo, deu couve pros bichinhos, ela adorou. E, depois vai ter ovinho muito mais saudável pra comer.
- Quero só ver quando o pai chegar, ele vai acabar com essa festa. Vai brigar contigo.
- Não vai não, será que vai?
- Tu vai só ver... (minha esperança é que meu pai tivesse juízo, galinhas no pátio? Nunca pensei).
Passado alguns minutos meu pai chegou. A mãe pegou a Tine no colo e correu pra ver o que ele ia dizer. Eu tinha certeza que viria bronca. Meu pai é tranquilo, mas o galo ia incomodar o sono deles, e o sono do meu pai é sagrado...
- Olha vô a Tininha tem “cocós”. (Vó falando, e eu esperando a reação).
Silêncio ensurdecedor. Vovô estava tirando capacete e tentando entender a cena. Dali a pouco, ouço:
- Ah que legal, a Tininha tem 2 “cocós”. Vai ter ovinhos e vai poder dar comidinha.
- Como assim pai, tu não vai brigar com a mãe com esses bichos no pátio?
- Ah, filha achei a ideia tão simpática. E olha a felicidade da Tininha nos mostrando...

Fim de papo, pais quando se tornam avós perdem o juízo, só pode...



Realmente ela adora os cocós!

domingo, 11 de agosto de 2013

Para o melhor pai do mundo!

Semana dedicada aos pais, e por aqui não poderia ser diferente. Dedico esse post ao papai mais especial da face da terra...
Ao pai da Valentine. Sim, poderia dedicar ao meu pai também, mas ele não acessa a internet e eu lhe falarei o que sinto pessoalmente... Mas a Valentine ainda não sabe dizer quão especial o pai dela o é, então digo eu.
A Valentine tem a sorte de ter como pai um homem que se dedica inteiramente a ela. Ele foi a praticamente todas as consultas do meu pré-natal. As ecos eram sempre uma festa, uma emoção, sorrisos e lágrimas ao mesmo tempo.
Sabe essa coisa de que pai vai se tornando pai aos poucos? Que como não muda o corpo deles, eles entendem de forma mais lenta essa mudança? Aqui foi diferente. Desde o primeiro momento, após se recompor da notícia ele passou a ser pai. Primeiro cuidando de mim, da minha alimentação, da minha saúde. Respeitando minhas crises de choros e incertezas. Depois quando a barriga tava grande já, acordava com ele brincando com a Valentine (ele aqui fora e ela aqui dentro), mas não é que a mocinha respondia aos seus chamados. Ela sempre mexia quando ele conversava e/ou cantava pra ela.

Ele não viu ela nascer, não foi possível. Mas ele chegou, me olhou, viu que estava tudo bem e correu pra ficar com ela. Pegou no colo primeiro (eu só dei aquele cheiro rápido, pois, ela foi direto pra UTI), trocou a primeira fralda, deu o primeiro banho...


E eles têm uma ligação linda que eu amo. Ela adora dormir até mais tarde com ele, ele até hoje ainda dá banho nela no chuveiro. É só ele quem dá comida pra ela no almoço...
Ela é a cara dele, tem a minha personalidade e falta de paciência, mas sorri feito ele, é generosa tal o pai...
Eu poderia escrever muitas e muitas coisas a respeito desse paizão. Mas quero apenas dizer, obrigada!
Obrigada por ter me escolhido pra dividir essa magnífica experiência de ser casal, de ser família. Obrigada por estar ao meu lado a cada dia difícil, por segurar forte a minha mão, quando me sinto insegura.

Obrigada por ter paciência e amor de sobra comigo. Obrigada por nunca me deixar desanimar e por me encorajar sempre. 
Obrigada principalmente por nos amar de uma forma que ninguém mais nos ama. Obrigada por ser esse pai e marido tão especial, te amamos!